segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Veja o que muda nos direitos dos empregados do lar a partir de outubro

Categoria será contemplada com todos os benefícios garantidos aos outros trabalhadores, incluindo o FGTS. Patrões devem ficar atentos ao pagamento dos encargos


 babá Dina Soares há 15 anos trabalha com a carteira assinada. Ela tem garantidos direitos como a jornada de trabalho e hora extra, mas a partir de outubro pela primeira vez vai ter recolhido o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Como ela, pelo menos 1,8 milhão de empregados domésticos formais, também vão contar com direitos equiparados ao restante do mercado de trabalho. Assim, o empregador que já vinha se adaptando desde 2013, com a instituição da jornada de trabalho e do descanso remunerado, terá até cinco obrigações a mais. Com a nova tributação, para quem paga salário de R$ 1 mil, por exemplo, o custo vai crescer 7%. 

A partir de 1º de outubro, passa a ser obrigatório o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), auxílio acidentes, Fundo Compensatório para dispensa sem justa causa, Imposto de Renda, adicional noturno e salário-família, para empregados com filhos menores de 14 anos. Os encargos trabalhistas devem ser quitados em 6 de novembro, já que a regra prevê pagamento no 7º dia do mês, com antecipação em caso de fim de semana ou feriado.
Cerca de 190 mil empregadores domésticos no Brasil se anteciparam à lei e já estão recolhendo o FGTS. Da aprovação da PEC das domésticas, que entrou em vigor em abril de 2013, à regulamentação das contribuições, em junho de 2015, foram mais de dois anos. “Há muito tempo esperávamos por isso. O FGTS vai funcionar como uma poupança para nós, para a casa própria ou para a educação dos filhos”, planeja Dina, que tem um filho de 8 anos e quer que o menino estude até a faculdade.

O novo regime de tributação, deve ser quitado pelo Simples Doméstico, que vai reunir em uma só guia todas as contribuições devidas pelo empregador e empregado, além do salário-família.

A pouco mais de um mês do primeiro recolhimento, o governo ainda não disponiblizou no www.esocial.gov.br a ferramenta, que vai exigir ajustes e aprendizado por parte das famílias. A Receita Federal informou que ainda não tem data para liberar o Simples Doméstico. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o serviço vai estar disponível em outubro.

“O princípio da não surpresa e da segurança jurídica deveria ser observado por todo agente público, mas no ambiente empresarial é comum as medidas serem divulgadas em cima da hora. No caso da pessoa física, as informações de última hora podem gerar confusões e atrasos”, alerta Maria Inês Murgel, do Instituto Brasileiro de Estudos em Direito Tributário. Segundo a especialista, mesmo que a ferramenta seja liberada a um dia do pagamento, a orientação para o empregador é não atrasar a fatura, caso contrário ele será multado.

O Simples Doméstico vai calcular também todas as despesas, como horas-extras e adicional noturno, além das contribuições fixas. Com as novas regras, o empregador passa a arcar com uma carga de 20% sobre o salário-base. Os 12% referentes ao INSS passam para 8%; o Imposto de Renda vale para salário acima de R$ 1.903,98, e o salário-família é pago com o salário, mas debitado no Simples.

Mário Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal, que dá suporte aos empregadores domésticos em relação à lei, diz que a relação de contrato de trabalho se tornou mais complexa e por isso é necessário atenção por parte dos empregadores, que devem se documentar para evitar demandas trabalhistas e ainda evitar juros por atraso de pagamento das contribuições. No caso do FGTS, um dia de atraso rende multa de 5%; em 30 dias o percentual dobra para 10%.
 

Fonte: em.com.br

terça-feira, 22 de setembro de 2015

DIA DO CONTADOR


22 de Setembro - Dia do Contador
Foi escolhido como dia do contador o dia 22 de setembro (Dia do Bacharel em Ciências Contábeis), por ter sido criado, nesta data, em 1945, o Curso de Ciências Contábeis.
A criação da data homenageou a criação do curso de Ciências Contábeis na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Ou seja, a data marca um fato histórico: a criação do primeiro curso de Ciências Contábeis no Brasil, com a assinatura do Decreto-lei nº 7.988, em 22 de setembro de 1945, pelo então presidente Getúlio Vargas.
Antes, havia dois cursos técnicos: o de Contabilidade e o de Contador, mas nenhum com validade de ensino superior. O documento assinado por Vargas determinou a criação de um curso com duração de quatro anos e seguindo regime anual. Do primeiro ao terceiro ano, o aluno deveria cursar cinco disciplinas. No último ano de estudo, eram ministradas seis disciplinas.
"O fato de escolherem um dia para homenagear o Contador mostra a importância desse profissional. A formação em nível superior permite a atuação em áreas como Perícia e Auditoria, que requerem maior especialização. É uma justa homenagem que a comemoração seja na mesma data da criação do primeiro curso de Ciências Contábeis do País", declarou o presidente do CRC SP, Luiz Fernando Nóbrega.
OBS.: O termo contador refere-se, apenas, ao profissional com Bacharelado em Contabilidade.

Fonte: socontabilidade

PARABÉNS!


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A urgente necessidade de profissionalização das organizações contábeis

O empreendedor é um insatisfeito que transforma seu inconformismo em descobertas, os problemas em oportunidades. O insatisfeito que só reclama dos honorários e espera que o mundo o valorize, não é empreendedor.


Embora o mercado contábil seja conhecido pela complexidade das constantes alterações legislativas e pela dinâmica própria da atividade, parcela considerável das empresas deste setor ainda está longe de operar com o mínimo de profissionalização de seus colaboradores e processos. Este cenário geral, no contexto do empreendedorismo brasileiro, reflete-se nas 48.793 organizações contábeis registradas no Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Recente levantamento on-line que realizei com empreendedores da área mostrou que perto de 70% dos empresários apontam como seus principais diferenciais o cumprimento rigoroso das obrigações acessórias e o cálculo correto de tributos. Apenas 19% estabelecem plano de ações estratégicas e realizam seu monitoramento periódico.
Ora, então como esses quase três quartos do mercado contábil poderiam estabelecer um patamar de competição diferente da disputa pelo menor valor? A lógica diz que se há oferta de serviços similares, a demanda pressiona, naturalmente, por menores preços. Intervenções artificiais, por meio de normas reguladoras, apenas agravariam o problema, fragilizando ainda mais a competitividade do setor. A solução para situações como esta passa, imprescindivelmente, pela introdução de inovações em processos e serviços.

Pesquisa da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) indica que 54% dos escritórios contábeis sequer têm sites “próprios”. Como inovar no atendimento a clientes e obter receitas mais consistentes, em plena era digital, sem fazer uso das tecnologias da informação e comunicação?
Neste sentido, torna-se evidente que quase 80% das empresas contábeis nem ao menos medem sua capacidade de inovação. E como diz Peter Drucker, o homem que inventou a administração, segundo a revista Business Week, “não se gerencia o que não se pode medir”. Portanto, a maior parte dessas organizações precisa alinhar-se, com urgência, aos padrões globais de gestão. Sem isso, não há como esperar a valorização dos serviços contábeis.
A inovação em serviços, produtos e processos reverte-se, necessariamente, em fortalecimento da competitividade, libertando as empresas da competição por preço, que geralmente atinge patamares canibalizadores. Para isso, o primeiro passo é a capacitação dos empreendedores do setor.
Hoje, o mundo caminha para o uso do conceito de ominchannel, em que o atendimento aos clientes passa por todos os canais, físicos ou eletrônicos. Usar somente telefone, reuniões presenciais e motoboy, além de elevar os custos e riscos dos escritórios, limita significativamente o processo de excelência no atendimento aos clientes.
Para mensurar a efetividade do relacionamento dos escritórios contábeis com seus clientes, tenho utilizado a metodologia Net Promoter Score (NPS). As notas obtidas até o momento têm sido muito baixas ou mesmo negativas. Isto indica que os clientes atuam mais como detratores do que promotores. Se esta tendência foi constatada, significa que, ao contrário do desejável, há mais empresários denegrindo que indicando seus contadores.
A urgente necessidade de profissionalização das organizações contábeis é a passagem mais promissora para transformar o escritório em empresa na prática. Afinal, não se constrói este caminho sem muito trabalho e estudo.
O empreendedor é um insatisfeito que transforma seu inconformismo em descobertas, os problemas em oportunidades, segundo Fernando Dolabela, referência nacional no assunto. O insatisfeito que só reclama dos honorários e espera que o mundo o valorize, não é empreendedor. A atitude empreendedora eleva consideravelmente as chances de transformar eminente fracasso em sucesso retumbante. Criar inovações para atender os clientes com excelência é a melhor forma de diferenciar-se dos concorrentes – só assim será possível agregar valor às competências profissionais e não somente elevar o preço da fatura mensal.
Fonte: Portal dos Administradores

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Professores da FEA-RP lançam Portal de Cursos curtos sobre Contabilidade


Os cursos são online com aulas ao vivo e são oferecidos através da FUNDACE

Agora os contadores e profissionais de outras áreas com interesse em Contabilidade podem estudar on-line com qualidade, tradição e flexibilidade. A Fundace - Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia, instituição formada pelos docentes da FEA-RP da USP, lançou este mês seu portal com cursos de curta duração online e aulas ao vivo. 
Referência e dinâmica
Os cursos têm 24 horas de duração e contam com 4 aulas ao vivo. Esta é uma ótima oportunidade de aprender e se atualizar de maneira rápida contando com a credibilidade dos professores da Universidade de São Paulo e com o benefício da educação a distância.
Conteúdo para quem quer ter confiança nas decisões. 
Neste momento, oito cursos estão com as inscrições abertas no portal. Os cursos são direcionados aos profissionais da área contábil e financeira, auditores, controllers, analistas, advogados e outros profissionais que precisam ter conhecimento sobre o tema.
Os cursos são:

  • Tributos Diferidos, 
  • Estratégias de Gerenciamento de Caixa, 
  • Contabilidade para Advogados, 
  • Valor Justo e Projeção de Fluxo de Caixa, 
  • Gestão de Custos e Preços
  • Adoção Inicial de IFRS;
  • Contabilidade para não Contadores e 
  • Ativos Biológicos.  

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Microempresas enfrentam uma missão quase impossível

Está cada vez mais difícil para as microempresas manter a contabilidade em dia e escapar das autuações da Receita


As autuações da Receita Federal aumentaram 39,7% no primeiro semestre de 2015 em comparação ao mesmo período do ano passado. Números divulgados pelo Fisco mostram que as dívidas dos contribuintes lançadas, referentes a impostos, multas e juros, chegaram a R$ 75,13 bilhões entre janeiro e junho. No mesmo período de 2014, o valor havia ficado em R$ 53,7 bilhões. Em todo o ano passado, somou R$ 150,5 bilhõese foi o segundo maior valor obtido pelo Fisco - maior apenas do que 2013 (R$ 190,1 bilhões). Se no segundo semestre as autuações aumentarem, como no ano passado, 2015 poderá bater um novo recorde.
Recorde após recorde nas autuações apenas comprova que cada vez maissonegar impostos intencionalmente ou por falta de conhecimento virou missão quase impossível. Omissão de rendimentos é um dos fatores mais comuns que levam à malha fina. A falta de esclarecimentos e deretificações na base de dados da Receita Federal pode resultar em autuações cujas multas variam entre 75% e 225% do valor do imposto.
Segundo especialistas do grupo Skill, que mantém um blog sobre assuntos contábeis que interessam às micro e pequenas empresas, o crescimento das autuações relaciona-se, entre outros fatores, ao aumento no número de micro e pequenas empresas que solicitaram a adesão ao Simples (para empresas com faturamento anual até R$ 3,6 milhões), que subiu 125%, superando a marca de 10 milhões de empresas.
Valeria Zotelli,  advogada-sócia da área tributária do Miguel Neto Advogados, lembra que,desde a informatização introduzida pelo Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), alguns procedimentos adotados usualmente por quem está no regime do Simples ou enquadrado como Microempreendedor Individual (MEI) estão cada vez mais ao alcance da Receita.
"Abrir empresa em nome do filho ou do funcionário é bastante comum entre donos de redes de restaurantes, por exemplo - mas, ao fazer chegar o lucro de todas essas empresas para o dono principal, ele precisa declarar esses rendimentos e, como não tem como declarar sem pagar Imposto de Renda, acaba ficando exposto", diz. 
Quem está dentro das regras do MEI pode ter receita anual até R$ 60 mil reais e, neste caso, paga apenas R$ 50 por mês em impostos. Mas há a exigência de que o MEI só tenha um funcionário - porém alguns têm três funcionários, dos quais dois não registrados formalmente. Se um desses dois entrar na Justiça pedindo vínculo empregatício, por exemplo, o próprio juiz do Trabalho pode enviar a informação para a Receita, evidenciando que a pessoa enquadrada como MEI na verdade não cumpriu a regra, explica Valeria.
"Hoje em dia, mesmo empresas do Simples que sonegam estão correndo um sério risco. Elas pagam imposto com base no faturamento, e o Fisco tem como pegar com cruzamentos. Isso é mais simples do que parece. Por exemplo, quem vende com cartões de crédito não deve sonegar, pois as operadoras informam. Não pode mais fugir, tem que pagar imposto sobre o que vendeu", reforça Hugo Amano, sócio da divisão de consultoria tributária da BDO.
Fonte: DCI Diário Comércio, Indústria & Serviços