domingo, 28 de fevereiro de 2016

Programa do IR 2016 é liberado; veja as novidades deste ano


O programa para preenchimento da Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física de 2016, referente ao ano-calendário de 2015, estará disponível para download no site da Receita Federal a partir desta quinta-feira (25), às 8h.
O prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda 2016 começa na terça-feira, dia 1º de março, e termina no dia 29 de abril, mas o contribuinte já pode preencher e importar informações de declarações anteriores para o programa, necessário para o envio do documento ao órgão.
Quanto mais cedo o contribuinte enviar as informações à Receita a partir do início do prazo de entrega da declaração, maiores são as chances de receber arestituição do imposto nos primeiros lotes, que devem ser liberados a partir de 15 de junho.
Para facilitar o preenchimento da declaração, a Receita criou novas funcionalidades no programa deste ano. A partir de agora, o contribuinte poderá importar mais dados relativos a declarações de anos anteriores; declarar rendimentos com aluguéis de forma separada e utilizar um botão único para verificar pendências, gravar e transmitir a declaração.
O órgão também modificou algumas exigências. A partir de agora será necessário informar apenas o CPF do cônjuge, e não mais rendimentos, bens e patrimônio do companheiro, na ficha "identificação do contribuinte". A Receita também passa a exigir este ano que os contribuintes informem o número do CPF de dependentes com 14 anos ou mais e que estejam incluídos na declaração.
A partir desta quinta o rascunho do IRPF ficará disponível apenas para importação de dados para o programa de preenchimento da declaração até o dia 2 de maio, quando já passará a funcionar como rascunho da declaração de 2017.
Veja abaixo mais detalhes sobre os novos recursos e exigências da Receita para a declaração do IRPF a partir deste ano:
1) Importação de mais informações referentes à declaração anterior
A partir desse ano será possível importar mais dados relativos às declarações de anos anteriores, como rendimentos de aplicações financeiras, participação nos lucros e resultados, juros sobre capital próprio, entre outros.
Os itens importados serão basicamente os CNPJs já informados anteriormente em cada campo. Os valores ficarão em branco e deverão ser inseridos pelos contribuintes de forma manual.
2) Formulário separado para rendimentos com aluguéis 
Rendimentos obtidos com aluguéis passam a ser informados de forma separada na declaração deste ano.
Antes, os dados eram inseridos na ficha "Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Físicas e do Exterior pelo Titular" na coluna "Outros". Agora, deverão ser incluídos na coluna "Aluguéis". 
3) Criação de botão único para verificar pendências, gravar e transmitir a declaração
As declarações do IR 2016 terão agora o botão "Entrega da declaração", que executará três funções ao mesmo tempo: verificar as pendências, fazer a gravação e transmitir a declaração.
Antes, o contribuinte corria o risco de enviar a declaração sem ter gravado as alterações realizadas, o que poderia fazer com que caísse na malha fina
4) Informações sobre o cônjuge serão reduzidas ao número do CPF
A partir de agora bastará informar o CPF do cônjuge na ficha "Identificação do Contribuinte", e não mais os rendimentos, bens e patrimônio do companheiro. 
5) Exigência de inclusão do CPF de dependentes com 14 anos ou mais
Os contribuintes que incluírem na declaração dependentes com 14 anos ou mais completos até o dia 31/12/2015 deverão registrá-los no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e informar o número do documento à Receita a partir deste ano. A obrigatoriedade já valia para dependentes com 16 anos ou mais. 
Quem está obrigado a declarar
São obrigados a declarar o IR 2016 contribuintes que tiveram, em 2015, rendimentos tributáveis (como salários e aluguéis) superiores a 28.123,91 reais ou rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados apenas na fonte (como indenizações trabalhistas, caderneta de poupança ou doações), superiores a 40 mil reais.
Também deve enviar a declaração do imposto à Receita quem obteve, em qualquer mês do ano passado, lucro na venda de bens e direitos sujeitos à incidência do IR (como imóveis vendidos com lucro), ou tenha realizado operações de renda variável no ano passado, como compra ou venda de ações na bolsa.
Contribuintes que registraram em 2015 receita bruta em atividade rural superior a 140.619,55 reais ou obteve, em 31 de dezembro de 2015, a posse da propriedade de bens ou direitos, inclusive terrenos, que custem mais de 300 mil reais, também devem declarar o IR (veja quem está obrigado a declarar o IR 2016).
Fonte: Exame.com

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Empresa terá redução de gasto com burocracia de livros contábeis


Uma economia de quase meio de bilhão de reais deve ser gerada às empresas brasileiras, num prazo de cinco anos, com o fim de gastos em taxas de registro e impressões de livros contábeis, uma prática antiga, mas que ainda existe no país.
A medida, que deve ser anunciada e publicada em decreto presidencial nesta quinta-feira (25), acaba com a necessidade de autenticação pelas Juntas Comerciais de livros contábeis enviados à Receita Federal por meio do Sistema Público de Escrituração Digital, o Sped.
A estimativa é que, com a desobrigação das taxas de autenticação, a redução de custo chegue a R$ 26 milhões neste ano. Em cinco anos, poderá chegar a R$ 433 milhões, incluindo também o corte de gastos com a impressão dos livros fiscais.
A medida foi elaborada pelo programa Bem Mais Simples Brasil, coordenado pelo presidente nacional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Guilherme Afif Domingos.
Segundo ele, será possível liberar mão de obra nas Juntas Comerciais, com aumento de agilidade no processo digital. “Atualmente, há 1,1 milhão de livros digitais enviados por meio do Sped que estão acumulados à espera da autenticação”, ressaltou. “Num mundo cada vez mais digital, não haveria necessidade desses livros físicos, é um gasto inócuo e atrasado.”
A equipe de Afif Domingos contratou uma pesquisa para quantificar também, além da economia de gastos para as empresas, os ganhos ambientais com a medida.
O resultado é que o fim da impressão de livros pouparia 468 mil árvores e o equivalente a 47 mil caminhões-pipa de água. Haveria ainda economia de energia suficiente para sustentar uma cidade de 14 mil habitantes por um ano.
O governo federal também anunciará medidas para desburocratizar as atividades profissionais de tradutores juramentados e leiloeiros, que poderão atuar em todo o país, e não apenas nos Estados nos quais são registrados.
No esforço de reduzir o custo com a impressão de papéis, o governo federal vai estudar acabar com a obrigatoriedade de publicação em jornais públicos e privados de balanços, atas e demonstrações financeiras por empresas de capital aberto.
A ideia é estabelecer que os informes públicos sejam feitos apenas em meios digitais. A estimativa do governo federal é que a iniciativa gere uma economia para as empresas públicas e privadas de até R$ 943 milhões, incluindo gastos com publicação, checagem e arquivamento.
Na mesma linha de reduzir a burocracia brasileira e cortar custos, o governo federal estuda ainda medida que tornará automática a transferência de veículos.
 Folha de São Paulo

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Mais de 15 milhões não sabem que têm abonos do PIS/Pasep a receber



Mais de 15 milhões não sabem que têm abonos do PIS/Pasep a receber Saiba quem tem direito a receber abono do PIS/Pasep. A auditoria realizada pela CGU analisou o período de julho de 2013 a junho de 2014, assim como dados de 31 milhões de cotistas.

Mais de 15 milhões de trabalhadores não sabem que têm créditos a receber do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). Os números foram divulgados pela Controladoria-Geral da União (CGU), após uma auditoria que identificou falhas na comunicação a esses trabalhadores.
Quem contribuiu com os programas até o ano de 1988 tem direito ao recebimento anual do rendimento de suas cotas, além de poder sacar todo o crédito em caso de aposentadoria, doença ou se tiver mais de 70 anos. No caso de o trabalhador já ter falecido, seus herdeiros diretos podem requerer o benefício. O benefício do PIS é pago pela Caixa Econômica Federal e o Pasep, pelo Banco do Brasil.
De acordo com Antônio Carlos Bezerra Leonel, coordenador-geral de auditoria da Área Fazendária da CGU, até o ano de 1988, os programas PIS/Pasep eram geridos por um fundo de participação. A partir de 1988, o fundo parou com a arrecadação para contas individuais e os recursos provenientes das contribuições passaram a ser destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para o custeio do seguro-desemprego, do abono salarial e do financiamento de programas de capacitação.
A auditoria realizada pela CGU analisou o período de julho de 2013 a junho de 2014, assim como dados de 31 milhões de cotistas. No período avaliado, o Fundo de Participação do PIS/Pasep, que tinha as contribuições feitas até 1988, contava com aproximadamente 31 milhões de cotistas, sendo 26 milhões do PIS e 5 milhões do Pasep. Os valores chegavam a R$ 37,5 bilhões.
As dificuldades na identificação e na comunicação com os trabalhadores, seja por mudança de domicílio ou por falecimento, já foram tema de discussão no Tribunal de Contas da União, que determinou aos gestores uma ampla publicidade sobre o direito que os trabalhadores têm a esses créditos.
“É um dinheiro que não pode ser entendido como pertencente à União. O objetivo principal do Fundo é pagar o cotista. Para o trabalhador, o importante é que aquele saldo que ele não retirou, todo ano vai acumulando. Se ele deixou lá sem movimentar, ele pode ter uma agradável surpresa”, afirmou Bezerra Leonel.
Ele disse ainda que a CGU não teve acesso a todos os dados necessários para afirmar com exatidão quantos desses trabalhadores faleceram e quantos já se aposentaram. Por isso, após a auditoria, o órgão sugeriu que o número de CPF fosse incluído no sistema da Caixa Econômica para que não se gere mais de uma conta por cotista. Também foram sugeridas mudanças na gestão do Pasep pelo Banco do Brasil.
O coordenador afirmou que, na década de 1980, o CPF não acompanhava o cadastro do PIS/Pasep, o que trouxe dificuldades para fazer o cruzamento dos dados. Atualmente, o abono salarial do PIS é pago pelo FAT àqueles trabalhadores que recebem até dois salários mínimos mensais. O valor corresponde a um salário mínimo por ano.
Para ter direito ao benefício, o trabalhador que contribuiu até 1988 deve procurar uma agência do Banco do Brasil, no caso da contribuição ao Pasep, ou da Caixa Econômica Federal, no caso da contribuição ao PIS. No caso de falecimento do trabalhador, a solicitação pode ser feita por um herdeiro direto.
Por Marieta Cazarré
Fonte: Agência Brasil

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Cursos online

Os cursos de Educação a Distância - EAD são oferecidos pelo Instituto Legislativo Brasileiro - ILBórgão do Senado Federal responsável pela Política de Capacitação do Senado e pelo Programa Interlegis de Modernização e Integração do Legislativo.
Todos os cursos são gratuitos e possuem temas relativos ao Poder Legislativo, Política, Administração Pública, Orçamento entre outros temas que colaboram para a capacitação dos Servidores do Poder Legislativo Brasileiro.

para ver os cursos disponíveis acesse o clique AQUI

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Professora do curso de Ciências Contábeis conclui mestrado na UFU


A professora do Curso de Ciências Contábeis da FUCAMP, Jéssica Rayse de Melo Silva Ávila, defendeu na manhã de segunda-feira (15), sua dissertação de mestrado em Ciências Contábeis pela Universidade federal de Uberlândia – UFU.
Seguindo a linha de pesquisa Contabilidade Financeira, Jéssica desenvolveu a dissertação intitulada “Relação entre a  Book-tax Differences e os honorários da auditoria das companhias abertas brasileiras”
Segundo Jéssica, o trabalho objetivou identificar se existe relação entre a Book-tax Differences e os honorários de auditoria que foram pagos pelas companhias abertas brasileiras.
O trabalho foi orientado pela Professora Dra. Patrícia de Souza Costa – Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e avaliado pelos professores Dr. Luiz Paulo Lopes Fávero – Universidade de São Paulo (USP) e Professora Dra. Kelly Teixeira Rodrigues Farias – Universidade Federal do Pará (UFPA).
Parabéns Jéssica Rayse pela conquista do título de Mestre.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A Receita Federal tem mais informações sobre sua conta bancária


Receita determina que bancos informem ao Fisco movimentações financeiras mensais a partir de R$ 2 mil para Pessoas Físicas e de R$ 6 mil para Pessoas Jurídicas


Os bancos têm que informar à Receita Federal uma movimentação financeira mensal a partir de R$ 2 mil por pessoas físicas e R$ 6 mil por pessoas jurídicas. Os dados serão cruzados para verificar a compatibilidade com as informações declaradas no Imposto de Renda ou do cartão de crédito. A exigência já existia. Entretanto, a notificação era feita quando a pessoa movimentava mais de R$ 5 mil e a empresa, mais de R$ 10 mil, no período de seis meses. 
Em vigor desde o fim do ano passado, a Instrução Normativa (IN) 1.571 é acusada de quebrar o sigilo bancário dos brasileiros, hipótese descartada pela Receita. João Batista Barros, superintendente da 3ª Região do órgão, explica que não há detalhamento nas informações entregues ao Fisco. “Não se trata de entrar na conta dos contribuintes para olhar lançamentos e extratos. As instituições fornecem apenas as movimentações financeiras agregadas. Não saberemos os lançamentos individuais. Nem como ele gastou. O conhecimento será amplo, mas não detalhado”.
Como exemplo, um contribuinte que recebe R$ 1,5 mil de salário na conta corrente e tem um gasto de R$ 700 no cartão de crédito. A soma dos valores, totalizando R$ 2,2 mil, será repassada ao Fisco pela instituição financeira. Esse modelo, destaca a Receita, combate a sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e a evasão de divisas. A alteração dos valores consta na Instrução Normativa, que aborda a obrigatoriedade de prestação de informações relativas às operações financeiras de interesse da Secretaria da Receita Federal.
O superintendente afirma, ainda, que há um acordo internacional de informações com o Estados Unidos, que estabelece que entidades financeiras situadas em qualquer País do mundo devem reportar informações, não apenas sobre movimentação financeira, mas, em especial, sobre outros produtos financeiros que demonstrem maior capacidade contributiva, como os investimentos em fundos, ações e previdência privada.
“Entender que isso não é possível, é entender que o contribuinte não pode declarar nada. Se não caminharmos para essa harmonização que ocorre no resto do mundo, estaremos colaborando com financiamentos espúrios de campanhas eleitorais, terrorismo, sonegação e injustiça”.
E se um contribuinte que tem uma renda de R$ 1 mil e o cartão de crédito, usado por toda a família para compras mensais, atingir a cifra de R$ 5 mil? Ele será investigado pelo Fisco? “Se trata de um indício para apuração, caso ele seja selecionado para uma ação fiscal. Evidente que o auditor terá a independência de analisar esses elementos, se releva a capacidade contributiva ou se é agregado”.
Lei e ações
A instrução normativa tem como base a Lei Complementar 105/2001, que é alvo de contestação no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ela, os agentes fiscais tributários da União, dos Estados e dos Municípios poderão examinar registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras quando instaurado processo administrativo, independente de autorização judicial.
O argumento contrário à lei é de que ela fere direitos e garantias individuais previstos na constituição. A Câmara Nacional do Comércio é uma das instituições que, por meio de ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs), questionam a legislação vigente. “Há no STF uma ADI arguida em 2001 contra os artigos 5º e 6º da Lei Complementar 105/2001”, disse a CNC em nota. A ação se encontra pendente de julgamento liminar.
Já a Associação dos Jovens Advogados do Estado do Ceará (AJA-CE) impetrou um mandado de segurança coletivo contra a Instrução Normativa 1571. Conforme o presidente da AJA, Ricardo Valente Filho, o objetivo da ação é suspender o envio de informações protegidas sob sigilo ao órgão. “Só ingressaram com essa ação em Roraima e lá lograram êxito. Na sequência, a gente vai entrar com uma ação civil pública para conseguir isso para toda a sociedade. É um momento posterior”, ressaltou o presidente. Para ele, o deferimento em favor da ação é um passo para ampliar a decisão a todos. (Átila Varela).

Fonte: O Povo online

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Professor do Curso de Contábeis é aprovado em processo seletivo de Doutorado


Reiner Alves Botinha, professor do Curso de Ciências Contábeis da FUCAMP, foi aprovado no processo seletivo de Doutorado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Uberlândia-UFU.
Essa é a primeira turma de doutorado na área de contabilidade no Estado de Minas Gerais.
Neste sentido, Reiner vai desenvolver sua tese de Doutorado seguindo a linha de pesquisa Contabilidade Financeira.
O curso de Ciências Contábeis apoia e incentiva a contínua formação docente e muito se orgulha de ter professores altamente qualificados.
Parabéns professor Reiner por esta conquista!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Emprego na crise: veja 13 profissões que estarão em alta em 2016

Empresas buscam profissionais que resolvam problemas e reduzam custos.
Especialistas não esperam aumento de oportunidades ou de salários.



O ano de 2015 não foi fácil para quem estava atrás de um emprego. Com a crise econômica, algumas empresas buscaram equilibrar as contas cortando despesas e até mesmo funcionários. Até novembro do ano passado, 945,363 postos com carteira assinada foram fechados, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Com um cenário tão difícil, o que os profissionais podem esperar o ano que começa agora? Segundo especialistas ouvidos pelo G1, as empresas estarão ainda mais exigentes na hora de contratar, já que o orçamento enxuto exige trabalhadores que realmente resolvam problemas, reduzam custos e tragam bons resultados.
"Para 2016, a tendência é de que as empresas sigam os ajustes e sejam cada vez mais exigentes nas contratações. Não haverá um movimento significativo de expansão de posições e os salários tendem a ficar estáticos", afirma Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half no Brasil.
Segundo Henrique Bessa, diretor da Michael Page, as empresas vão priorizar profissionais que consigam agregar valor e eficiência ao negócio. "Quem entender este momento e se colocar à disposição para absorver uma nova função ou dar apoio em mais de uma área, pode se destacar facilmente dentro da companhia". O perfil inovador e a capacidade de obter resultados em situações adversas serão características ainda mais valorizadas em 2016.
"Com um cenário econômico mais retraído, as palavras de ordem são resultado e produtividade. Os profissionais precisam oferecer mais produtividade, sem deixar de lado a qualidade. As áreas de tecnologia, compliance e financeira são as que devem gerar maior demanda pela busca de alternativas para driblar a crise", diz Paulo Dias, diretor de recrutamento da Stato, consultoria especializada em recrutamento e transição de executivos.
Veja 13 profissões que estarão em alta em 2016, segundo especialistas:
1) Gerente/ coordenador de infraestrutura
Perfil: 
Profissional com formação em sistemas ou ciências da informação. É responsável pela gestão de infraestrutura de TI – telecomunicações, suporte e data center.
Por que estará em alta: Infraestrutura de TI afeta diretamente a eficiência operacional da empresa, além de trazer reduções de custos. Eficiência e custos são os dois dos principais objetivos das companhias.

2) Gerente/ coordenador de plataformas mobile e web
Perfil:
 Para web é necessário ter conhecimento no desenvolvimento em Java, Groovy, DevOps. Para mobile, conhecimentos IOS e Android. Lidera equipe de desenvolvedores de aplicativos, ferramentas web, visa aproximar o usuário da marca/empresa.
Por que estará em alta: Existe uma tendência na maioria dos setores da economia (incluindo financeiro, varejo, bens consumo, entre outros) da migração do ponto de venda e do relacionamento com clientes para plataformas on-line e de e-commerce.

3) Gerente tributário
Perfil: 
Formação em contábeis ou direito com especializações em direito tributário e bom domínio de inglês. Tem o papel de garantir que a empresa esteja em dia com as obrigações fiscais. Busca reduzir a carga tributária e aumentar a eficiência do negócio.
Por que estará em alta: Com a possibilidade de aumento de impostos, somado as frequentes alterações na legislação brasileira e novos projetos em fase de implementação (ex: e-Social), a área deve continuar no radar das empresas.

4) Controller
Perfil: 
Formação em ciências contábeis, administração ou economia. Acompanha a operação da empresa sob o ponto de vista financeiro, cria relatórios e indicadores, além de liderar os relatórios dos números para a matriz e/ou acionistas.
Por que estará em alta: O cenário incerto da economia demandará maior precisão de informações e fará com que as matrizes (ou acionistas) fiquem mais próximas às operações em no país.

5) Gerente de tesouraria com foco em operações estruturadas
Perfil:
 Formação em ciências contábeis, administração, economia ou engenharia, com MBA em finanças corporativas ou investments. Responsável pela gestão e controle da estrutura de capital das empresas. Possui ampla bagagem de relacionamento bancário de médio/longo prazo, e de projeção e controle do fluxo de caixa das organizações.
Por que estará em alta: É um profissional que poderá baratear o “custo de captação”, melhorar o nível de relacionamento bancário, trazer operações mais engenhosas. Com o novo cenário de câmbio poderá proteger a organização de exposições indevidas, além de poder facilitar ou melhorar negócios em âmbito internacional.

6) Head do departamento jurídico
Perfil:
 Profissional generalista, com foco em consultivo. Perfil de liderança para exercer boa gestão de sua equipe. É o responsável por toda e qualquer demanda jurídica da empresa. Atua tanto no consultivo como na gestão do contencioso, em todas as frentes. Será responsável também pelo orçamento da área e gestão de equipe.
Por que estará em alta: No cenário atual, as empresas têm cortado os custos e pessoal. Com isso, profissionais em cargos executivos com alto custo, além de profissionais muito especializados, tem sido substituídos, dando espaço para profissionais com menos experiência, com menor custo, e mais generalistas, concentrando todas as demandas em um único profissional.

7) Gerente de contencioso de volume
Perfil:
 Profissional deve ter perfil híbrido para conciliar técnica com habilidade administrativo-financeira para gerir um grande volume de processos. Faz a gestão da contingência processual, analisando e administrando os riscos de cada carteira, traça estratégias para melhor rentabilidade e também faz gestão de equipes.
Por que estará em alta: Com a atual conjuntura político-econômica, o volume de processos aumentou. O foco está na área cível, ações de recuperação de créditos e indenizatórias; também a área trabalhista será bastante demanda, em vista do alto volume de demissões/rescisões que ocorreram neste último ano.

8) Advogado sênior/ gerente na área de M&A (mergers e aquisitions, em português: fusões e aquisições)
Perfil:
 Habilidade técnica e experiência em execução de fusões. É responsável pela elaboração desde atos societários, que compõem as operações de M&A.
Por que estará em alta: A tendência é de que investidores estrangeiros façam aquisições de empresas nacionais que estão desvalorizadas. Assim, a expectativa do profissional desta área deve ser positiva tendo em vista o alto volume de M&A esperado.

9) Gerente de inteligência de mercado
Perfil:
 Profissional analítico, com grande capacidade de raciocínio lógico, atualizado em relação a tendências, inovações e práticas do mercado. Gerencia as atividades de inteligência de mercado, envolvendo análise de dados sobre concorrência, consumidores, tendências e cenários, para definir políticas e processos.
Por que estará em alta: As empresas têm uma demanda cada vez maior por profissionais sêniores para valorizar a área de business inteligence, avaliando as mudanças dos hábitos dos consumidores e os impactos financeiros. Áreas como inteligência de mercado e customer insight devem crescer em 2016.


10)  Gerente de marketing digital
Perfil:
 Profissionais com conhecimento em usabilidade e experiência do usuário e compra de mídia online. Realiza a gestão da estratégia digital, atua com prospecção de leads e vendas, faz análise de mercados e tendências além do suporte consultivo gerencial, identifica as novas oportunidades de produtos, serviços, informações e soluções através do digital.
Por que estará em alta: O digital ganhou bastante espaço no mercado, o profissional de marketing com conhecimento em online se destaca por conhecer os processos e ferramentas para esse tipo de público.

11) Gerente de logística
Perfil:
 Formação em engenharia de produção com especialização em logística. O profissional controla, organiza e garante a integridade do estoque, faz a gestão de toda a equipe operacional, contrata serviço de manutenção e operação.
Por que estará em alta: Em momento de reestruturações nas empresas, a área de logística ganha destaque por ter um grande custo concentrado nela. Ter o profissional correto liderando esse departamento, traz para empresas redução de custos e garantia de qualidade em todos os elos da cadeia logística.

12) Desenvolvedor de aplicativos para smartphones
Perfil: Profissional apaixonado por tecnologia, com cursos na área e conhecedor da linguagem de programação em diversas plataformas. Ele é responsável por traduzir uma ideia em um aplicativo amigável e convidativo para o público em geral.
Por que estará em alta: O mercado tem buscado alternativas diante da crise e muitas soluções criativas vêm de startups e aplicativos que visam diminuir custos, encurtar distâncias, compartilhar produtos e conhecimentos. As empresas que já perceberam isso vão necessitar desses profissionais para operacionalizarem suas estratégias.

13) Analista/ gerente de crédito e risco
Perfil: Profissional responsável por analisar a saúde financeira de uma empresa a fim de conceder um crédito direto para financiamento de algum investimento ou ainda para entender se essa possível empresa cliente será uma boa pagadora. Formação em administração, economia, contabilidade ou direito com facilidade para lidar com números e contratos.
Por que estará em alta: A maioria das empresas enfrenta dificuldades financeira e necessitam de crédito para sair dessa situação. Por outro lado, ninguém quer ter risco desnecessário e é exatamente esse profissional que pode contribuir com análises mais aprofundadas e evitar que uma empresa conceda crédito a quem não tem condições de arcar com as dívidas.

Mudanças na carreira
Pesquisa da Robert Half mostrou que 87% dos profissionais pensam em procurar um novo emprego em 2016. Os profissionais também estão mais confiantes em relações às próprias perspectivas de emprego (89%) em comparação com o último ano. A busca por um trabalho novo nos próximos meses é muito provável para 49% e um pouco provável para 38%.
Para os profissionais que miram uma nova oportunidade, o principal critério para aceitar uma proposta é o crescimento na carreira (60%), seguido por salário superior (54%), melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional/ flexibilidade de horário ou home office (43%), localização (38%), ambiente de trabalho (34%), reputação da empresa (30%), setor/ indústria (23%), e melhores bônus e benefícios (18%).

Fonte: G1